Informações, dúvidas e dicas
Por: Drª Graziela Rech Artico
Ejaculação precoce (EP) - prematura ou rápida - é um termo utilizado para caracterizar uma situação clínica na qual o homem ejacula antes do que gostaria.
Alguns autores definem assim: Incapacidade de retardar a ejaculação o suficiente para que sua parceira obtenha o orgasmo em pelo menos 50% das vezes, segundo Marters e Johnson. Kaplan conceitua como a perda persistente e recorrente do controle voluntário sobre o reflexo ejaculatório. Já para Fanciulacci, é quem ejacula antes de 15 incursões intravaginais e para Segraves seriam menos de 8 movimentos.
Segundo a ISSM (Sociedade Internacional de Medicina Sexual) é a disfunção sexual masculina caracterizada pela ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, quando o tempo desde a penetração vaginal até a ejaculação passa a ser insatisfatório para o homem ou para o casal, antes categorizado como em um minuto. Essa dificuldade gera consequências pessoais negativas, tais como: sofrimento, frustração, sensação de incômodo, insatisfação e/ou desejo de evitar a intimidade sexual.
Sua incidência é em torno 30% dos homens, sendo mais prevalente entre os jovens.
A extensão do sofrimento psicológico está correlacionada com a severidade da Ejaculação Precoce, e o maior agravante sempre será a insatisfação sexual.
Na maioria dos casos, a EP é um problema comportamental que envolve um nível de ansiedade elevado, mas também pode ter causas orgânicas como: infecções genitais ou do aparelho urinário, alterações serotoninérgicas (aumento abrupto de serotonina), doenças como esclerose múltipla, neuropatias periféricas (condição comum que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo), traumas, hipersensibilidade idiopática (desconhecida) da glande e até problemas da tireoide.
Para o diagnóstico da Ejaculação Precoce, na maioria dos casos, exames complementares não são necessários, sendo então o diagnóstico eminentemente clínico, ou seja, é feito por meio do relato do paciente, detalhando o fato desde quando iniciou e como evoluiu.
Existe o tratamento clínico com medicamentos e/ou o psicoterapêutico, que objetiva a percepção da sensação pré-ejaculação propriamente dita e seu controle através do aprendizado do controle voluntário.
Técnicas terapêuticas que podem ser propostas:
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Ejaculação precoce, ou qualquer disfunção sexual, não pode ser motivo de vergonha! Conscientize-se e vença os tabus: fale, cuide-se, busque profissionais e reencontre a qualidade de vida.
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