"Afinal, só podemos dar aos outros o amor que damos a nós mesmos."

Hoje o vaginismo é denominado transtorno de dor Genito-pelvico, que é uma contração involuntária dos músculos ao redor do orifício da vagina, causando dor, dificuldade e até impossibilidade de manter relação sexual, e na maioria das vezes, tem uma causa psicológica. Por isso, o mais recomendado para o tratamento do vaginismo é a terapia sexual.
A terapia promove relaxamento e pode te ajudar a se sentir mais confortável durante as relações sexuais, evitando dores e promovendo o libido.

Leia o depoimento completo de uma paciente do Centro de Saúde Sexual Sexuality, após passar pela terapia sexual:

"Eu me lembro de como era quando não deixava o amor entrar, achando que seria minha ruína.

Me lembro do desejo virando frustração, da sensação de impotência e tempo perdido, achando que tinha algo errado comigo, quando na verdade, o que estava errado era me ver com olhos que não eram meus.

As críticas, o ódio e a insegurança que foram jogados em mim, e por tanto tempo me fizeram acreditar que eu tinha apenas uma faceta, onde tudo é negativo.

Talvez eu também só esteja vendo apenas uma faceta daqueles que um dia já foram meus inimigos, para ter dado a eles tanto poder. E foi aí que eu percebi: Ninguém é apenas bom ou apenas mal. Somos plurais.

Posso olhar para a minha fragilidade sem me sentir fraca, porque não sou apenas isso. Todos temos o bem e o mal dentro de nós e a importância que damos a cada um destes aspectos se manifesta no amor e no sexo.

Às vezes passamos por experiências complicadas e isso torna o prazer um desafio ao invés de uma oportunidade, e às vezes precisamos de ajuda com isso, mas se martirizar não é essa ajuda.

É bom se cuidar, se descobrir. Sou da filosofia de que é mais provável nos arrependermos das oportunidades que não aproveitamos. Na minha experiência, me conhecer e até mesmo olhar para os meus maiores medos é algo que liberta. Ser capaz de olhar para dentro e dizer “eu tenho medo disso, eu tenho um problema com isso” é libertador, porque você se coloca acima daquilo.

Para mim, uma ex-vagínica, a terapia sexual foi muito importante para eu ficar em paz comigo mesma, para eu poder transformar o “eu tenho medo” em “eu tinha medo”. Sei que por ter me permitido realizar o tratamento, hoje posso olhar não só para essa situação, como para tantas outras e não me perder na insegurança. Aprendi pouco a pouco a respeitar meus limites, para poder superá-los.

Mudar meu olhar sobre o sexo mudou meu olhar sobre a vida.

Posso falar mil coisas pessoais aqui, mas o fato é: cada pessoa é única. Se você está se sentindo um Alien, ou simplesmente acha que precisa trabalhar algum aspecto seu, a terapia vai ajudar. Ir à terapia é decidir ser mais forte, mais feliz e bem-resolvido.

Afinal, só podemos dar aos outros o amor que damos a nós mesmos."

Liberte-se e viva sua sexualidade ao máximo!

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